quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma bela estória



Uma semana depois do nascimento de nossa filha Lauren, minha mulher Bonnie e eu estávamos completamente exaustos. A cada noite Lauren continuava nos acordando. Bonnie tinha sido lacerada durante o parto e precisava tomar analgésico. Ela mal conseguia andar. Depois de permanecer cinco dias em casa para ajudar, eu retornei ao trabalho. Ela parecia estar melhorando. Enquanto eu estava fora, ela ficou sem analgésicos. Em vez de me ligar no consultório, pediu a um dos meus irmãos, que estava nos visitando, para comprar mais. Meu irmão, no entanto, não retornou com os comprimidos. Conseqüentemente, ela passou o dia todo com dores, cuidando de um recém nascido. Eu não tinha a menor idéia de que seu dia tinha sido tão terrível. Quando voltei para casa, ela se encontrava muito perturbada. Eu interpretei mal a causa de seu sofrimento e achei que estivesse me culpando.
Ela disse, "Fiquei com dores o dia todo... fiquei sem remédio. Estou encalhada na cama e ninguém liga!".
Eu reagi defensivamente, "Por que você não me ligou?".
Ela respondeu, "Eu pedi a seu irmão, mas ele se esqueceu! Estou esperando por ele o dia odo. Oq ue devo fazer? Mal posso andar. Eu me sinto tão desamparada!"
Nesse ponto eu explodi. Meu pavio também estava muito curto aquele dia. Eu estava com raiva porque ela não me havia ligado. Fiquei furioso porque ela estava me culpando quando eu nem sabia que estava com dores. Depois de trocar algumas palavras ásperas, eu me dirigi à porta. Eu estava cansado, irascível, e já tinha ouvido o bastante. Nós tínhamos ambos alcançado nossos limites. Aí alguma coisa começou a acontecer que mudaria minha vida. Bonnie falou, "Pare, por favor, não vá. Essa é a hora em que eu mais preciso de você. Eu estou com dores. Eu não durmo há dias. Por favor, me ouça".
Eu parei por um minuto para ouvir. Ela falou, "John Gray, você só sabe ser amigo nas horas boas! Desde que eu seja a doce, a amável Bonnie, você está aqui para mim, mas logo que eu deixo de sê- lo, você sai por aquela porta".
Então ela fez uma pausa, e seus olhos se encheram de lágrimas. Enquanto seu tom mudava, ela disse, "Agora mesmo eu estou com dores. Eu não tenho nada para dar, é quando eu mais preciso de você. Por favor, venha até aqui e me abrace. Você não precisa dizer nada. Eu só preciso sentir seus braços em volta de mim. Por favor, não vá".
Eu me aproximei e silenciosamente abracei-a. Ela chorou nos meus braços. Depois de alguns minutos, me agradeceu por não ter ido embora. Ela me contou que só precisava me sentir abraçando-a. Naquele momento eu comecei a me dar conta do verdadeiro significado do amor incondicional. Eu sempre me considerara uma pessoa amável. Mas ela estava certa. Eu tinha sido até então um amigo das horas boas. Se ela estivesse feliz e agradável, eu a amava de volta. Mas se ela estivesse infeliz ou perturbada, eu me sentia culpado e então discutia ou me distanciava. Naquele dia, pela primeira vez, eu não a deixei. Eu fiquei, e foi ótimo. Eu consegui me dar quando ela realmente precisava de mim. Isso me pareceu amor de verdade. Se importar com outra pessoa. Confiar no nosso amor. Estar lá na sua hora de necessidade. Eu me maravilhei com a facilidade que tive para ampará-la quando me foi mostrado o caminho.
Como eu tinha deixado isso escapar? Ela só precisava que eu me aproximasse e a abraçasse. Outra mulher teria instintivamente reconhecido o que Bonnie precisava. Mas como um homem, eu não sabia que tocar, abraçar e ouvir eram tão importantes para ela. Reconhecendo essas diferenças, eu comecei a aprender uma nova maneira de me relacionar com a minha esposa. Eu jamais teria acreditado que nós pudéssemos resolver nossos conflitos tão facilmente.

John Gray

Fonte: Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus

Está vendo, a força que um pouco de carinho pode ter????
E outra coisa seja dita e fique bem clara: amar quando está tudo bem e o outro é maravilhoso é muito fácil mesmo não é??? Mas amor de verdade é isso aí...é ficar quando o outro não merece. Pois é nessa hora que ele grita por um pouco de amor e atenção. Se domarmos nosso orgulho e pararmos com nossa conveniência, veremos que é bom ser amparado mas também nos faz bem e temos plenas capacidades de amparar.

Um comentário:

  1. Olá! Vim "roubar" uma foto de seu Blog para ilustrar um post que acabei de fazer em meu Blog que fala sobre a falta que me faz um abraço. Beijar e fazer amor é muito bom, mas nada mais aconchegante do que um abraço. Não é preciso dizer nada, apenas abrace...
    Parabens pelo seu Blog. Quando puder, passe por lá pra visitar o meu.
    Ah! Obrigada por me ceder a foto. Ficou muito boa lá. Beijokas

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