sexta-feira, 18 de junho de 2010

As 7 fases do relacionamento




De repente, no meio de um monte de gente, seu olhar cruza com o dele (o homem que é seu número exato) e você perde o fôlego e o rumo de casa. A partir de agora, se tudo der certo, podem estar começando os seis meses mais excitantes da sua vida. E, se tudo der mais certo ainda, daqui a um ano e meio - ou mesmo três anos, olha que delícia! -, a conexão amorosa de vocês não terá mudado nadinha.Parece bom demais para ser verdade? Bem, então, muita calma nessa hora. Segure o entusiasmo por alguns instantes, porque precisamos esclarecer uma coisa: para chegar a um final feliz, tudo depende de como vocês se comportam no auge da paixão e diante das crises que vão surgir. A experiência dos terapeutas mostra que entre o "Não acredito!" (quando a gente bate o olho num homem que nos tira do sério) e o "Claro que acredito!" (quando a gente percebe que a coisa é séria, sim) a maioria dos relacionamentos passa por sete fases. Não vamos chamá-las de críticas, essa palavra meio assustadora, mas de decisivas. Sorte sua que os especialistas nos explicaram cada uma delas e o jeito de vencer seus desafios.

1. No incrível mundo da fantasia
Seu desafio: Manter os pés no chão quando a cabeça está nas nuvens.
Desde o dia em que ficaram (há mais ou menos duas semanas), você vive em estado de puro êxtase. Não é para menos. Nenhuma droga no mundo é tão poderosa ou provoca euforia tão duradoura quanto a paixão. E olha que nem é maneira de dizer, não. Ela dá mesmo um barato químico instantâneo. Bastam 60 segundos para ativar um circuito cerebral, o dopaminergético, também conhecido pelo nome bem mais romântico de circuito do prazer ou da recompensa. Trata-se do mesmo mecanismo disparado toda vez que um dependente usa drogas de verdade, explica o psiquiatra Marco Aurélio Romano-Silva. O que leva alguns especialistas, como a psicóloga e antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgens, de Nova Jersey, EUA, a garantir que os seres humanos são biologicamente programados para se apaixonar.Nesse estado alterado, não é de admirar que você comece a achar que sua felicidade depende desse homem. Que ele vai resolver sua vida - como se isso fosse possível. Acontece que não está no mapa a quantidade de mulheres que esperam tal milagre e fazem qualquer coisa para se tornar merecedoras de tão grande dádiva. Nessa qualquer coisa ocupa primeiríssimo lugar a tendência a se anular. Veja bem, o que a torna particularmente perigosa é que não se trata de uma decisão consciente. Vai acontecendo aos poucos, sempre "em nome do amor". Você inicialmente não faz nada sem incluir o amado; depois, vai se afastando dos amigos; mais adiante, passa a gostar do que não gosta, só para agradar; e finalmente deixa de viver sua vida. O que você precisa fazer se resume a três palavras: abra o olho. Homem nenhum vale isso e relacionamento nenhum pode ser feliz assim.

2. Xiii, ele veio com defeito!
Seu desafio: Avaliar se dá ou não para conviver com o que você não gosta nele.
Quem já se apaixonou sabe que a nossa tendência é ver no outro todas as qualidades que queremos que ele tenha. Focadas no nosso próprio desejo, passamos a sofrer de uma espécie de estrabismo emocional; na melhor das hipóteses, um caso crônico de visão tubular. Ora, o fato de seu novo amor não ser do jeitinho que você gostaria não o desqualifica como forte candidato a "homem dos seus sonhos". Desde que você não leve os tais sonhos a ferro e fogo. Até porque chegará o dia em que vai descobrir que ele não é tão perfeito: às vezes, erra na roupa, não abre a porta do carro para você, chega atrasado ao cinema, comete uma ou outra grosseria e mesquinharia, e por aí vai.Para evitar decepções mais tarde, jogue para escanteio a aura de romantismo e observe quem é de verdade o sujeito por quem está apaixonada. Os psicólogos sugerem algumas atitudes: pare de arranjar desculpas para comportamentos dele que a desagradam. Não é crime lesa-paixão admitir que o amado tem defeitos, problemas, dificuldades. Fique de olho na maneira como se comporta com as outras pessoas - em especial, amigos e familiares. "Se decidir ficar com ele apesar de tudo, sinal de que as ilusões caíram por terra e a paixão está virando amor", diz a psicoterapeuta Suzy Camacho.

3. Acabou-se o doce da novidade
Seu desafio: Aprofundar a relação.
Se existe mesmo amor, ele deve aumentar à medida que vocês se conhecem mais. Os especialistas são unânimes a respeito. O diabo é que a gente costuma achar que, quando acaba a novidade, a rotina se instala... e Deus me livre e guarde disso! Mas vamos analisar melhor a situação. O que um já conhece do outro? Você sabe, por exemplo, que seu namorado odeia lugares lotados, liga sempre às 10 da noite, vai encontrá-la no fim de semana e nunca às quartas-feiras porque tem futebol. Ele, por sua vez, sabe que o seu cabelão lindo é resultado de um alisamento japonês que custou os olhos da cara, que você faz questão de almoçar domingo na casa dos seus pais e que tem vontade de furar o olho de certa colega de trabalho.Isso significa se conhecerem melhor, mas está longe de ser se conhecerem bem. Significa que já existe uma base para começarem a fazer as descobertas mais importantes e profundas. Agora, se você encarar tal fase como o beijo da morte do romantismo, aí a coisa pode naufragar mesmo. "Não veja a rotina como algo negativo", aconselha a terapeuta de casais Amélia Nascimento. "Ela dá segurança. Você fica mais tranqüila e tem mais chance de descobrir o que realmente interessa. Que ele, por exemplo, sempre foi um cara ponta firme nos estudos e no trabalho. Saber do passado dele, entender sua relação com os pais e vice-versa. É a hora de amadurecer o namoro. Esse momento pode se tornar uma aventura emocionante e, acredite, os dois vão crescer."

4. Depois daquela briga
Seu desafio: Sair dela com o amor fortalecido.
O homem da sua vida jamais daria um grito ou bateria de frente com você? Saiba que é exatamente o contrário. Casais começam a brigar porque ambos já se sentem confortáveis um com o outro para arriscar estabelecer o espaço de cada um e deixar claras suas opiniões. Gênero: "Gosto assim e você está fazendo assado; pode parar!" Portanto, não fique assustada nem pense que a relação está abalada, avisa Suzy Camacho. E, para tranqüilizá-la ainda mais, ela esclarece: "A briga pode ser sinal de que estão mais seguros e, por isso mesmo, mais à vontade para discutir certos assuntos delicados que até agora foram deixados de lado por receio de botar tudo a perder".Onde tem amor, tem discussão, e até um quebra-pau ocasional. Inclusive porque, como você já sabe - ou deveria saber -, o fato de terem nascido um para o outro não quer dizer que são iguais. Convenhamos, isso não existe. E se existisse seria um tédio, não é não? Quando os ânimos se exaltarem e bater a dúvida cruel sobre o que representa tal confronto, lembre-se da seguinte comparação de Suzy Camacho: sabe quando você briga feio com uma amiga de infância consciente de que a amizade não vai acabar por causa disso? É a mesma coisa. Se chegarem a um acordo, poderão sair fortalecidos da experiência. E (oba!) o amor vai subir mais um degrau.

5. O futuro a vocês pertence
Seu desafio: Descobrir se é com ele que vai ter uma vida a dois.
Nós, mulheres, somos particularmente mestras em entrar num relacionamento com expectativas irreais. O terapeuta americano Paris Finner-Williams, autor de vários livros sobre o tema, é um desmancha-prazeres de carteirinha: quando uma paciente aparece no consultório dele inebriada de encantamento, já fazendo planos de casar e ser feliz para sempre, é aconselhada a desacelerar e esperar pelo menos seis meses para ver no que dá. A idéia é deixar que as emoções e também o organismo criem uma espécie de resistência à loucura da paixão. Tudo indica, porém, que você já deu o tempo necessário, passou com louvor por várias etapas e decidiu, com a cabeça no lugar: ele é o cara.
Nada mais natural que começar a sentir falta de alguma coisa. O presente é maravilhoso, mas quer fazer planos ao lado dele. Ou seja, comprar apartamento, casar, ter filhos. Por mais intimidada que se sinta, está na hora de conversar sobre o assunto. Não se trata de dar um ultimato ao rapaz, e sim de descobrir se ele quer o mesmo que você. Afinal, seu amado passou pelas mesmas fases do amor e, se não pensa em sair da casa da mamãe tão cedo ou acha precipitado tomar qualquer decisão, há fortes indícios de que não é o cara. Teoricamente, explica a psicoterapeuta Suzy Camacho, nessa etapa o amor deve estar mais sedimentado, os dois já perceberam que podem ter uma vida juntos e ambos deveriam estar preparados para seguir em frente.

6. Dois ou... um?
Seu desafio: Manter a individualidade.
Nos primeiros meses sob o mesmo teto, o clima é de lua-de-mel, de "o amor é lindo", e, justamente por causa disso, você corre o risco de sofrer uma recaída e ir parar lá na fase número 1 (em que a tendência a se anular é um dos maiores perigos). Com a agravante de encontrar mil e uma justificativas para abrir mão de hábitos gostosos da vida de solteira sem dó nem nenhum saudosismo. Afinal, agora vocês são casados! Portanto, o banheiro de um é do outro também, o problema de um é do outro também, a conta da luz é de um e do ouro também... Haja negociações e concessões. Mas isso não quer dizer que você deve viver apenas em função da vida a dois e se esquecer de quem você era antes de dividir o colchão com ele.A primeira providência é colocar porta afora a ilusão de que, de agora em diante, farão tudo juntos. De braço dado com a ilusão, mande embora a culpa. Você pode não se sentir tão à vontade para ir a uma happy hour com as amigas, já que ele ficará em casa esperando. Ou para passar o sábado no cabeleireiro, porque ele está a fim de um cineminha. Isso é natural. O que não pode é deixar de fazer o que sempre fez e lhe dá prazer. Vá à happy hour e ao cabeleireiro com menos freqüência, combine com ele uma forma de adaptarem os hábitos de cada um à vida de casal. "Manter a individualidade é importante para que, depois de algum tempo, vocês não se sintam sufocados e o relacionamento se torne insuportável, vire uma prisão e... acabe", alerta Suzy Camacho.

7. Dormindo com o amigo
Seu desafio: Manter aceso o desejo sexual.
Sabe aquele delicioso pijama velho (e meio surrado) que você jurou jamais vestir na frente dele? Agora, a tentação de usar será braba. Não é que não ligue mais. É que ambos já têm tal grau de intimidade que detalhes como esse não parecem importantes. E não são mesmo, porque entraram naquela fase de um cuidar do outro de um jeito diferente da época do namoro. Ele se preocupa se você chega tarde em casa, você se preocupa se ele trabalha demais e não come direito. Surgiu um carinho que parece de pai e filho. O que é bom, pois mostra a força da relação. Mas também pode ser perigoso, pois vocês correm o risco de ficar mais amigos do que amantes.Claro que, nesta fase, nenhum dos dois espera demonstrações explícitas de sensualidade 24 horas por dia. Mas a relação precisa ser esquentada de vez em quando. Tipo usar o pijama caindo aos pedaços numa noite e absolutamente nada na noite seguinte. Tipo inventar brincadeiras na cama, como "Vamos ver quanto tempo a gente consegue ficar só se acariciando antes de partir para os finalmentes?" Tipo voltar aos lugares onde viveram grandes momentos de pura paixão. Amor é novela, diz Rita Lee. E novela só faz sucesso se tiver personagens encantadores e a dose certa de audácia e mistério, concorda?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sigmund Freud





"Em última análise, precisamos amar para não adoecer."


"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!"


"Quem não ama adoece!"


"Nunca fui capaz de responder à grande pergunta: o que uma mulher quer?"

terça-feira, 15 de junho de 2010

Idealização - um grande problema dos relacionamentos.



Junto com as pessoas que se acomodam em um relacionamento, as pessoas que idealizam o outro criam um grande problema para o crescimento dos relacionamentos.
As pessoas que se acomodam acham que o romantismo, as declarações e a contínua manutenção do relacionamento não são importantes.
As pessoas que idealizam acham que o outro deve ser, agir, falar e pensar como se espera.
Os homens querem mulheres para os seus prazeres e as mulheres querem homens para amá-las e protegê-las.
Bom...isso em um geral não muito confiável afinal, cada pessoa espera algo diferente do outro.
A questão é que sempre pensamos que o outro deve de empenhar no relacionamento como nós achamos que estamos nos empenhando.
A grande verdade é que, na maioria das vezes, ficamos tão ocupados vigiando as atitudes do outro, que esquecemos de ver como estamos agindo.
Quando alguém nos decepciona, o que normalmente fazemos?
Brigamos, gritamos, choramos....mas normalmente a maioria das pessoas "dá um gelo" no outro.
Mas como querer carinho de alguém se estamos sendo frios com essa pessoa?
Aí está na hora do DIÁLOGO. Não é necessário ficar indiferente quando os dois possuem maturidade para ter uma conversa civilizada pelo bem da relação. Mas é claro que, para que essa conversa seja civilizada, precisamos tomar cuidado como iremos levar o assunto.
É melhor dizer "você não é o que eu queria" ou "estou chateada pois achava que você iria..." ?
Fica melhor dizer "você não me ama mais" ou "qual a importância que você deu para este dia" ?
Ficamos muitas vezes em um mundo onde aproveitamos apenas a aparência do outro e mudamos todo o seu interior. Quando fazemos isso, descartamos a personalidade de quem está do nosso lado e criamos alguém que não existe. Lógico que assim iremos nos decepcionar e muito!
Aí você diz que no início do relacionamento o outro era diferente e te fazia mais feliz.
Bom, nesse caso, eu pergunto..e você? Você era exatamente igual ao que é hoje ?
Nessas horas devemos parar e pensar se os atos do início do relacionamento foram frutos da paixão inicial (que é normalmente mais intensa) ou o estado atual é fruto do comodismo?
Tendo essa resposta em mente, é fácil decidir o que fazer: aceitar o outro e mostrar quais as suas atuais carências ou partir para uma transformação no relacionamento.
Veja bem que em momento algum eu disse terminar o relacionamento. A verdade é que toda fase e paixão é boa e não é porque a pessoa com quem você está atualmente é acomodada que você nunca mais achará alguém assim. Às vezes, é mais fácil achar um acomodado do que um "príncipe". O que as pessoas precisam é de acordar. Ver que o outro mudou e que está cada vez mais distante pode ser porque já está tão carente ou tão machucado que tenta se proteger para as coisas não piorarem.
Agora, se você estiver batalhando pela melhoria do relacionamento e o outro, que também aceitou fazer isso realmente não moveu nenhuma palha...hora de discutir a relação e ver se os dois querem o bem da união.
Um relacionamento nunca é fácil e quanto mais o tempo passa maiores são os cuidados que ele exige. Hoje temos ofertas fáceis de aventuras e prazeres e manter um relacionamento "limpo" que não está sendo agradável pode ser algo insustentável para algumas pessoas. Não se pode acomodar nem pensar que o outro está satisfeito porque você se considera um(a) bom/boa parceiro(a). Quem vai avaliar você é o outro. Deixe claro que o você faz buscando o bem da relação, mostre ao outro sem vergonha o que você sente, a importância dele para você, a alegria de comemorar mais um mês, uma semana, um dia juntos que seja.
Viver um amor de corpo e alma não é vergonha nenhuma! Já está na hora das pessoas aprenderem isso de vez.
Vergonha é perder um grande amor ou a oportunidade de ser feliz por toda a sua vida com alguém porque você não cooperou para dar certo.

Decepções perfeitamente evitáveis



Pelas questões que tenho recebido, percebo que muitas decepções poderiam ser evitadas se não houvesse expectativas que fogem, e muito, da realidade.

mulheres que tomam como garantia de que estão tendo uma relação séria com alguém o fato de esse alguém declarar, por exemplo, que está gostando muito delas, e de se comunicarem várias vezes por dia, seja por e-mail ou telefone. Na verdade, sequer se conheceram pessoalmente, ou, em outros casos, se viram apenas uma ou duas vezes.

Não me interessa, nesse caso, se a pessoa que cultiva a fantasia dessas mulheres tem ou não caráter, se é um indivíduo imaturo ou inexperiente, volúvel, se é um neurótico a se divertir com o fato de construir sonhos para depois frustrá-los. O que interessa é a posição da mulher diante de manifestações pouco sólidas e improváveis. Por que motivo, acreditam tão piamente em meras palavras quando se relacionam com homens que mal conhecem? Boa fé e ingenuidade, costumo dizer, são traços inadequados para os dias que estamos vivendo. Mais vale uma dose razoável de desconfiança, sem precisar chegar, acredito, àquela máxima dos tempos da ditadura, em que fulano era culpado até prova em contrário.

Sem dúvida, o ideal seria o inverso: fulano é inocente até prova em contrário. Se você prefere que seja assim, é aconselhável, pelo menos, manter um pé atrás como medida de precaução. Relações duradouras precisam de tempo para a construção das bases. O que não é possível é ver mulheres se queixando de que os homens brincam com seus sentimentos. Sim, pode ser que eles brinquem. Num site de relacionamentos, também há pessoas que só querem se divertir e algumas fazem brincadeiras de mau gosto. Mas será que mulheres modernas não sabem se proteger? Por que insistir em acreditar nos contos de fadas? Nesses contos, não há imprevistos, a não ser os positivos, e quando surgem atropelos, são corrigidos por um final feliz.

Um homem me diz que vai tomar um avião para conhecer uma mulher em outro estado. E olha que nosso país é grande e as passagens aéreas são caras. Mas vale a pena um esforço para conhecer aquele ou aquela que dão a impressão de que podem ser a pessoa capaz de nos fazer feliz. Além do mais, é bom conhecer o país em que se vive...

Pelo perfil (com belas fotos) e através de contatos por e-mail e telefone, ele está convencido que aquela mulher tem tudo para ser a mulher da vida dele. Se for um homem inseguro, irá se preocupar, em primeiro lugar, em ver se é aceito por ela. Não parece preocupado em saber quem é de fato essa mulher que está indo encontrar. Provavelmente só irá perceber o que deseja. Olhou, gostou, conclui que ela é aquela que procurava e já a toma como objeto de sua propriedade. A mulher percebe e se tiver uma boa cabeça, rapidamente conclui que ali existe alguma coisa errada. Muita precipitação e um senso de observação precário são sempre sinal de pouco equilíbrio emocional. Afasta-se. Ele fica deprimido. Ora, os encontros têm exatamente como objetivo uma avaliação mais fundamentada. Como é possível se imaginar que todos os encontros vão selar um compromisso? Podem também dar fim a um mal-entendido, a um engano. Podem apostar!

Ia tudo tão bem, diz uma jovem senhora. Ele vinha de outro país para nos encontrarmos e estávamos apaixonados. (Ela não se dá conta de que para se usar o pronome “nós” e falar por alguém, é preciso muito conhecimento e convivência.) Falávamos horas ao telefone. Surgiu um trabalho em outro lugar e, subitamente, ele comunica que está tudo terminado entre nós. Ela passa a sofrer intensamente e afirma que não acreditará mais em homem algum. Melhor assim. Melhor do que acreditar em todos. Confiemos que há de chegar o momento em que ela saberá ser mais crítica e cuidadosa, apaixonando-se, não pelo que idealizou, mas por alguém que lhe dê motivos mais concretos para tal. Longe dela, imaginar que seu “príncipe” talvez já estivesse em contato com outras mulheres e que, de repente, conheceu alguém que lhe pareceu mais conveniente, ou que tenha lhe atraído mais. Isso acontece!

Nos apaixonamos e só então ele me revelou que é casado! Bem, essa é uma velha técnica. Ele não iria dizer que é casado logo de saída: você poderia ser do tipo que se recusasse a manter uma relação com um homem casado ou, quem sabe, iria “exigir” que ele lhe dissesse que estava para se separar, que é infeliz com a mulher e já não transa com ela. Ele prefere esperar que você se apaixone e aí, não em consideração a você, mas pensando nele mesmo, nos incômodos que você pode vir a causar, conta a verdade. Quando o faz, é como se dissesse: Está em suas mãos. Se quiser continuar comigo é nesses termos. Não posso ou não pretendo me separar por causa dos filhos pequenos, da pobre mulher tão dedicada, tão dependente etc. etc.

Se você entra numa relação sem usar seus instrumentos mais refinados: sensibilidade, autopreservação, auto-estima etc. não deve se queixar que a culpa é do outro. O outro nem sempre consegue se cuidar bem, quanto mais cuidar de você, se ainda nem sabe direito quem é. Alguns detectam, muito depressa, que você é ingênua e que já o toma por alguém que conhece há muito tempo. Uns se afastam – os bem intencionados – outros se aproveitam dessa situação.

Mensagem: Procure se conhecer bem, saber em que mundo está vivendo, e não se entregue de corpo e alma ao primeiro que lhe diz: Estou apaixonado por você! Quero me casar com você! E isso é válido para os homens que se empolgam com garotas espetaculares! Garanto que as decepções serão menores ou não haverá decepções.

Thaïs Sá P.Oliveira

Psicóloga (05/1821) e Psicanalista

O Casal Perfeito



por Lia Luft

A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres. Isso eu disse e escrevi - e repito - em dezenas de palestras por este país afora. Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom para quem gosta de desafios.

O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele? O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas não se conforma, com o desgaste de qualquer convívio e qualquer união?

Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinha às festas e sexo difícil e sem afeto.

Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver. Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.

Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito. Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar. A querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça e não fique grudado na gente.

O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio. A conta a pagar, a empregada que não veio, o filho doente, a filha complicada, a mãe com Alzheimer, o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor.

E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo.

Nada foi como eu esperava. Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os filhos, os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir.

Na verdade devia-se reconstruir todos os dias. Usar da criatividade numa relação. O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio. Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi: "Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher".

Mas primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar, pensar: como anda a minha vida? Quero continuar vivendo assim? Se não quero, o que posso fazer para melhorar? Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão.

Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e sobretudo abertura com o outro. Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casa são terrivelmente tristes e terrivelmente comuns. É difícil? É difícil. É duro? É duro. Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino.

Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda. O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente, e amém.

Por que muitos são incapazes de estabelecer relações amorosas duradouras

 

 

 

 

Viver relações amorosas estáveis constitui um dos maiores objetivos humanos. Mas nem todos têm sucesso nessa área. A primeira razão é o medo de viver decepções e perdas. Outra razão é ter que se defrontar com parceiros controladores e possessivos. Outra razão, ainda, é o desejo de estar-se disponível para as relações prazerosas embora superficiais que se apresentam hoje com tanta facilidade.



Muitas pessoas desejam viver uniões amorosas duradouras e profundas, mas não o conseguem. Parte delas põe a culpa no parceiro; outras acham que não têm sorte; e um terceiro grupo procura em si mesmo a razão. A verdade é que perdem o entusiasmo logo depois da conquista. Nem sempre um desejo consciente está em sintonia com o que se passa no inconsciente. Vamos dizer que a pessoa que sonha com uma relação feliz, de confiança e cumplicidade é a mesma que teme sofrer uma decepção. Como se entregar então a um amor? Para livrar-se desse risco, ela encontrará, sem se dar conta, uma forma de sabotar a relação “desejada”. A origem desses medos são desilusões ocorridas no passado remoto, atualizadas em experiências igualmente negativas. Ao assumir um comprisso, o receio de ser enredado em exigências de dedicação e cobranças faz com que muitos indivíduos fujam das chamadas uniões sérias acompanhadas, freqüentemente, de ciúmes e desconfianças desgastantes. Relacionar-se amorosamente é entendido por eles como passar a ser proprietário ou objeto do outro. Na vida atual, esse modelo se tornou obsoleto. É preciso que os parceiros preservem sua individualidade e se respeitem de igual para igual. Estar disponível para o consorte não significa submeter-se a seus caprichos e a seu controle.

Há casos, no entanto, em que a dificuldade de estabelecer uma relação duradoura não reside no medo de decepções nem da possessividade do parceiro. O que existe é a incapacidade de optar por um só estilo de vida. No livro para crianças Ou Isto ou Aquilo, Cecília Meireles (1901-1964) mostra a importância de se saber escolher. A poeta carioca deixa explícito que não é possível ter tudo ao mesmo tempo. Uma escolha implica, quase sempre, abrir mão de várias opções. Acontece de a pessoa ficar dividida entre o desejo de ter alguém que possa amar, em quem possa confiar e com quem possa contar nos momentos importantes, e a necessidade de estar livre para aproveitar experiências de prazer e diversão que se oferecem cada vez com mais facilidade. Hoje, em nossa cultura, prevalece uma imposição ao indivídio de que goze de tudo. Deixar de usufruir um prazer é visto como desperdício do qual irá se arrepender mais adiante. Frases como “a vida é uma só”, “o tempo passa rápido” e “é preciso que se viva tudo a que se tem direito” exemplificam, à perfeição, essa mentalidade. É comum escutar-se : “Só me arrependo do que não fiz!” É como se houvesse a certeza de que a única coisa palpável é o gozo. Por que, então, engajar-se numa relação que funcionará como entrave a que se viva esse “paraíso”?

A opção entre ligar-se a um parceiro ou permanecer disponível para envolver-se com vários, todavia, terá de ser feita. Por mais que os princípios morais e os costumes tenham se tornado mais flexíveis em nossos dias, o amor continua a manifestar-se com suas demandas de proximidade, doação e exclusividade. É preciso lembrar, porém, que nenhuma situação irá satisfazer o desejo de felicidade plena existente sobretudo nos românticos e sonhadores. Na época da maturidade se deseja um companheiro que tenha vivido bem as etapas que deixou para trás, pois as lacunas do que “poderia ter sido e não foi” tendem a lançar uma sombra sobre o presente. A capacidade de se fazer a escolha decide sobre o grau de equilíbrio emocional do indivíduo. Quando há o desejo de aprofundar uma relação na área afetiva, sempre associado à impossibilidade de que isso se dê, a saída é recorrer a um psicoterapeuta pois cada um tem seu próprio problema e as origens do mesmo variam.

Publicado na revista Caras, edição 579.



Dra. Thaís Sá Pereira e Oliveira

Construir, Desconstruir e Reconstruir




Quando um relacionamento se inicia dois momentos se sucedem. O primeiro momento quando há o ritmo acelerado da paixão, do enorme desejo em estarem juntos, do tempo que parece não passar se estão distantes, muitas conversas, trocas e o incipiente aprendizado de um sobre o outro. Há uma sensação de ritmo acelerado, o tempo parece ser diferente do tempo habitual. Inicialmente a relação se ofusca por uma grande idealização ou fantasia com relação ao outro, como não houve ainda tempo suficiente para conhecer mais profundamente quem está ao seu lado, cada um, em grande parte, gosta do que se imagina a respeito do outro. Essa, podemos dizer, é uma regra basicamente geral para todos os casais que se formam, geral e também necessária

Passado esse primeiro momento, gradativamente o casal encontra um outro ritmo, que será próprio de cada dupla, mas que gradualmente se transforma em algo mais lento, porém igualmente bom.

Nesse segundo momento acontece o que podemos chamar de construção e solidificação do vínculo, esse será o periodo em que cada um irá lidar dia a dia e cada vez mais com o parceiro real e não mais apenas com aquele parceiro "colorido" pela paixão. Ao longo dos meses, anos, tempo de vida que estarão juntos, pouco a pouco se conhecerá mais como cada um é, se distanciando do que inicialmente se sonhava ou se imaginava sobre o outro. Podemos dizer que é um momento real do relacionamento, onde se gosta do outro não mais apenas pelo que se imagina ou por suas qualidades, mas acima de tudo também será necessário aprender a gostar ou se ajustar aos defeitos, as diferenças, as falhas. O casal que atravessa essa longa fase de construção e conhecimento consegue ao mesmo tempo solidificar o vínculo e permanecer junto. Da paixão inicial desdobra-se o amor, a admiração, o companheirismo, enfim um amplo repertório de sentimentos mais elaborados e tão intensos e necessários quanto a paixão. O que podemos concluir do escrito acima é que nenhum vínculo forte e sólido se constrói do dia para a noite, em um piscar de olhos ou sem uma grande dose de investimento de ambas as partes, ou seja, é uma via de mão dupla que se constrói tempo a tempo, pouco a pouco e sem pressa, pois ao que tudo indica ela não acaba, na verdade se renova e refaz cotidianamente.
Agora, dando continuidade a sequencia do nosso título, vamos falar sobre o casal que por uma ou diversas razões chega ao final do relacionamento. Em muitas perguntas recebidas pelos usuários, uma grande parte envolve final do relacionamento e a pressa em recomeçar assim como o que fazer para logo esquecer e recomeçar.

Temos sempre que lembrar que assim como o vínculo, o amor e a relação demoraram dias, meses e até anos para verdadeiramente se solidificar, o mesmo precisará acontecer para que eles se desfaçam. Não está sendo dito que será feita uma conta matemática inversamente exata, mas que um tempo será absolutamente necessário para que a relação possa se desconstruir. Assim como a construção necessitou de uma razoável dose de investimento e adaptação, o mesmo investimento será necessário para pouco a pouco se desfazer o que existia. O amor e o vínculo formam uma trama intensa e complexa, não se liga e desliga de alguém como uma tomada, ainda que já não se goste mais ou não queira mais estar junto. Muito de cada um penetra na alma, no mundo interno, nos afetos do outro e mesmo que o relacionamento não esteja bom, a dupla já está impregnada de sentimentos complexos que precisam de um tempo de desconstrução e elaboração. A desconstrução no geral envolve a necessidade em se lidar com a perda, com a frustração, com o fim dos sonhos e projetos, com os sentimentos que ficaram e com o início da busca pela compreensão das razões pelas quais o relacionamento acabou. É um momento de intensa percepção da realidade.

Noto ser muito habitual, talvez um reflexo dos tempos atuais, uma urgência em se sentir logo bem ao final de um relacionamento. Muitos se consideram loucos ou fracos porque passado um mês "ainda" não conseguiram deixar de gostar do parceiro, com quem em muitos casos viveu e compartilhou a vida por anos a fio. O entorno social muitas vezes ao invés de ajudar e acolher exige de quem sofre que supere e fique prontamente bem, não respeitando o tempo que cada um irá precisar para curar e elaborar o sofrimento. Claro que um esforço individual é absolutamente necessário, passado o primeiro momento da ruptura é importante fazer uma real avaliação e reflexão sobre o relacionamento e de forma madura buscar compreender onde cada um errou, pontos que podem ser melhorados para um relacionamento futuro e assim por diante. Esse podemos dizer que é o tempo da reconstrução, o momento em que se pode e deve perceber o que se tinha, onde erraram, onde podem melhorar e quando a pessoa se dá conta que já se sente mais forte, inteira e integrada para abrir espaço para um novo vínculo.

Etapas que parecem simples, mas que são acima de tudo fundamentais para se chegar a um novo relacionamento mais livre e limpo das influências passadas. A história anterior será muito valiosa, pois a história compõe quem somos e como somos, mas também nos ajuda a aprender mais sobre quem somos e sobre nossas escolhas, sendo assim a influência dela sobre o futuro relacionamento será positiva e não uma bagagem pesada como costuma-se dizer popularmente.

Se permitir o tempo de luto e aprendizado, apesar de ser um paradoxo com a correria dos tempos atuais, é de grande valor para quem sofre e quem deseja verdadeiramente recomeçar uma história mais saudável e madura.


Dra. Juliana Amaral

Companheiros, e não rivais!




artigo de :Thaïs Sá Pereira e Oliveira


Eu sou uma Mulher
poema de Marina Colassanti

Eu sou uma mulher
que sempre achou bonito
menstruar
Os homens vertem sangue
Por doença
Sangria
ou por punhal cravado,
rubra urgência
a estancar
trancar
no escuro emaranhado
das artérias.
Em nós
O sangue aflora
Como fonte
No côncavo do corpo
Olho d´água escarlate
Encharcado de cetim
Que escorre
Em fio
Nosso sangue se dá.
De mão beijada
Entrega-se ao tempo
como chuva ou vento.
O sangue masculino
tinge as armas
e o mar
empapa o chão
dos campos de batalha
respinga as bandeiras
mancha a história.
O nosso vai colhido
Em brancos panos
Escorre sobre as coxas
Benze o leito
Manso sangrar sem grito
Que anuncia
A ciranda da Fêmea.
Eu sou uma mulher
Que sempre achou bonito
Menstruar
Pois há um sangue
Que corre para a morte.
E o nosso
Que se entrega para a LUA.

* * * *

Este belo poema de Marina Colassanti me chegou no “Dia Internacional da Mulher”.

Se lêssemos apenas o título, repetido no primeiro verso, poderíamos pensar: As mulheres andam tão confusas pelo modo como se sentem refletidas no olhar dos homens, que precisam reafirmar o gênero a que pertencem. Ficariam mais próximas deles se dissessem: “Olhem, apesar de tudo, dessa igualdade que conquistamos na sociedade, de podermos ser chefes de homens em empresas, de nossa voz ser agora ouvida e nossas opiniões terem ganhado peso, de podermos viver do nosso trabalho, de ansiarmos por outras coisas além de ter um homem e um amor, de termos conquistado a liberdade sexual e outras liberdades, – é preciso dizer – ainda assim, não nos bastamos. E não é porque somos mulheres, mas porque somos pessoas. Os homens também não se bastam”.

No poema acima, percebe-se um resquício de disputa entre mulheres e homens. Há um sangue – o das mulheres, que se entrega à lua, - ao sonho de amor, à esperança – e há um sangue que se entrega à morte: o dos homens. Ora, o sangue que se entrega à lua é justamente o sangue que revela o fracasso de uma possibilidade: a da fertilização do óvulo pelo espermatozóide, início de uma vida, e que reverte em morte quando não se concretiza.
Se um dia o homem dominou, isto se deve às circunstâncias em que viviam homens e mulheres. Estamos vivas graças aos homens fortes e corajosos que nos defenderam de ataques os mais diversos, desde o tempo em que vivíamos em cavernas ou éramos nômades, como voltamos, de alguma forma, a ser. Eles lutaram para nos alimentar e aos nossos filhos, sem nem ao menos saber que tinham, nessa obra, direito a reclamar co-autoria. As mulheres, por sua vez, faziam o serviço necessário: eram gratas e lhes davam prazer, com trabalho, carinho e sexo. Ocupavam-se de serviços menos duros, compatíveis com sua musculatura naturalmente mais frágil. É provável que vibrassem quando os homens faziam descobertas que beneficiavam aos dois. Homens e mulheres eram companheiros. Nas sociedades primitivas havia regras bem estabelecidas e cada sexo ocupava seu lugar e desempenhava sua função. Em nenhuma delas as mulheres eram excluídas e, em muitas, vigorou o matriarcado. Sempre pela influência do pragmatismo ou de uma crença, as mudanças eram introduzidas e se mantinham enquanto fossem necessárias. O homem mais forte era o mais poderoso e a ele cabiam certas regalias respeitadas e quiçá invejadas pelos outros. O prestígio de cada um dependia de suas aptidões e do grau da serventia delas para o grupo todo. No começo, os seios das mulheres tinham o formato exato para amamentar os filhos e, no entanto, os homens gozavam, e também elas, com o corpo que possuiam. Cidades surgiram, cresceram, e com elas novas regras e leis. Agora, os motivos econômicos passaram a regê-las de forma acentuada. As mudanças foram de tal ordem que, mais tarde, descobridores de ‘velhos mundos’ sentiram como estranho o que lhes dera origem.

No poema há um elogio da mulher. Sobre os homens é dito: “(...) O sangue masculino tinge as armas e o mar (,) empapa o chão dos campos de batalha (,) respinga as bandeiras, mancha a história. (...)”. Como se as mulheres dissessem dos homens: “Olhem como são truculentos e destrutivos; olhem como os homens são sanguinários e criam condições de morte. São assassinos também de nossos sonhos, de nossas vidas. Para nos impormos é preciso que sejamos iguais a eles e que aprendamos a nos defender, atacando-os, como o fazem. Para sobreviver à dominação masculina, precisamos ser guerreiras.” A subjetividade masculina é, aqui, despojada de qualquer delicadeza.

O que se encontra, hoje, no inconsciente feminino, é o mito da mulher romântica vitimada pelo homem insensível. Na verdade, este mito se funda na nostalgia do homem que um dia a protegeu de perigos e riscos brutais contra os quais ela não podia, de fato, se defender... Os corpos femininos transformam-se em corpos de amazona para fazer face às disputas, mas também aos embates amorosos com o homem “brutal”, pois é para ele que se dirige o desejo da mulher. Ignorado esse mito, custa aos homens gentis compreenderem a preferência aparentemente perversa das mulheres.
Nos nossos dias, porém, de nada serve a força física do homem. Humilhado diante de armas muito mais poderosas do que ele, não sabe como empregar sua força. Ressurge então como um narcísico. A tecnologia tornou essa força dispensável: a habilidade e a destreza no uso da técnica dispensam-na, assim como a criatividade. A coragem tornou-se uma faca de dois gumes. O desenvolvimento intelectual, a riqueza e a desenvoltura no sexo passaram a ser as armas que surtem efeitos embora nem sempre satisfatórios e, muitas vezes, paradoxais. A desvantagem é a impotência diante do poder de outros homens e de seus artefatos de destruição. As mulheres entram para o grupo dos novos inimigos. E eles se dizem: “Elas nos desnortearam, não precisam mais de nós, tornaram-se vorazes sexualmente e nos fazem sentir medo, essas deusas alforriadas. Podemos, todavia, transformá-las em corpos carentes e desvalorizados, em mentes impotentes diante de nosso desdém, em espíritos enfraquecidos pelo nosso abandono, assim minaremos seu poder recém-adquirido.”

A luta continua. As duas partes perdem. Homens e mulheres buscam, no final das contas, o reconhecimento de sua importância. Buscam o prazer e a felicidade. Buscam o carinho e a possibilidade de terem em quem confiar. Valores indesejados dizimam estes sonhos. Valores mal interpretados ou mal compreendidos de parte a parte. Não existem culpados. Existem vítimas da dificuldade de reinventar o que se apresenta como novo.
Que tal inaugurar-se o “Dia Internacional do Homem”? Mandar-lhes flores e palavras de conforto e de gratidão? Homens e mulheres, que tal darem-se as mãos e se abraçarem? O desejo de vida habita cada um de nós!

Homens x Mulheres, como entender um ao outro



Já no final de sua vida, em carta à amiga princesa Marie Bonaparte, Sigmund Freud lhe fez uma pergunta que se tornou célebre: “o que quer uma mulher?”. Após 30 anos de estudos sobre os mecanismos psíquicos humanos, o eminente fundador da Psicanálise confessava que aquilo ainda o intrigava. Não é difícil compreender o porquê desta questão se fizermos um rápido retrospecto e pensarmos no contexto em que Freud escrevia. No início do século XX havia um “abismo” entre homens em mulheres, que tinham funções sociais bastante diferentes e bem marcadas: elas cuidavam dos afazeres domésticos e da criação dos filhos, enquanto eles trabalhavam e sustentavam a família financeiramente. Nesta época, a sexualidade feminina se restringia a dar prazer ao homem e à procriação. Mulheres não podiam nem deviam sentir prazer nas relações sexuais, ou correriam o risco de serem consideradas prostitutas.

Como sabemos, o mundo mudou bastante e essa realidade sofreu intensas transformações. Houve uma revolução sexual impulsionada em grande parte pelo movimento feminista, que lutou pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. A mulher deixou de ser apenas dona de casa e entrou no mercado de trabalho. Surgiu a pílula anticoncepcional, que levou à desvinculação entre sexo e procriação. As relações sexuais tornaram-se mais prazerosas, sendo este prazer agora “permitido” e desejável.

Com todas essas mudanças, homens e mulheres hoje têm desejos iguais, tendo desaparecido o “abismo” que havia antes? Eu diria que não. Aproximadamente 80 anos após a pergunta de Freud à Marie Bonaparte, pergunta semelhante é feita, porém agora por uma imensa quantidade de mulheres, que nos escreve perguntando: “afinal de contas, o que querem os homens?”. Em sua maioria elas se queixam de que eles “só querem sexo”, “vêm logo falando em sexo” e coisas parecidas. Todas essas perguntas nos levam a crer que todos os avanços e transformações, que certamente aproximaram homens e mulheres, não os tornaram iguais, de maneira que estes são diferentes e têm desejos distintos, especialmente os relacionados à sexualidade. Há, no entanto, um ponto importante em comum, que é fácil de passar despercebido: ambos frequentemente desvinculam relações sexuais e “relacionamento sério”. Como? Vamos por partes.

Em primeiro lugar, deixemos claro que quando nos referimos a homens e mulheres estamos fazendo generalizações, não querendo afirmar que todos são exatamente iguais e pensam da mesma maneira. Concepções relativas à sexualidade, aos papéis masculino/feminino e aos relacionamentos de modo geral são essencialmente culturais, e o que é aceitável em uma determinada cultura pode ser visto como inaceitável em outra.

Passemos então aos homens. Pensemos especificamente naqueles que estão cadastrados no ParPerfeito em busca apenas de relações sexuais. Evidentemente não são todos, e não me arriscaria nem mesmo a dizer que são maioria, mas eles certamente existem. Não querem compromisso, muitas vezes já têm outros relacionamentos e desejam apenas se divertir e ter prazer sexual. Muitos são capazes de ter relações que se limitam à parte sexual, não havendo um envolvimento afetivo maior. Aqui está a desvinculação entre sexo e “relacionamento sério”: uma coisa não implica na outra, ou seja, é possível que façam sexo com diferentes mulheres ou com a mesma repetidas vezes sem se apaixonarem ou desejarem ter compromisso com elas. Sobre os outros, que estão buscando relacionamentos sérios, falaremos adiante.

Mas e as mulheres, como fazem para desvincular sexo de envolvimento afetivo, já que o comportamento delas é geralmente diferente do que descrevemos em relação a esses homens? Pois bem, quando elas escrevem dizendo “eles só pensam em sexo” ou “eles falam logo em sexo”, a maior parte completa com algo como “será que ninguém quer um relacionamento sério como eu?”. Ou seja, parece haver – mais até do que uma desvinculação – uma oposição entre sexo e relacionamento sério, como ambos fossem excludentes. Por esse raciocínio, querer namorar tornaria o sexo algo secundário. Por outro lado, desejar ter relações sexuais seria um indício de que o outro não quer nada sério. Vemos, assim, que o sexo muitas vezes não é visto como parte de uma relação “séria”, estando ligado à falta de compromisso.

Mas por que essa oposição? Apesar de todas as transformações geradas pela revolução sexual, parece haver ainda em nossa cultura um pensamento diferente sobre “mulheres direitas” e “mulheres fáceis”. Pensar assim é compreensível, pois as mudanças se deram há muito pouco tempo – se pensarmos em termos históricos – e continuam em andamento. Dessa forma, não apenas muitas mulheres fazem essa distinção, mas também diversos homens. Estes geralmente fazem uma diferença entre aquelas mulheres com quem só desejam se divertir e ter prazer e outras, a quem têm maior respeito, com quem desejam namorar.

Se é verdade que pode haver sexo sem envolvimento afetivo, por outro lado o relacionamento considerado “sério” inclui o sexo. Nesse caso, geralmente quando tudo vai bem, as relações sexuais vão bem. Não é possível isolar um do outro como querem muitas pessoas, acreditando que, se querem namorar não devem falar ou pensar em sexo. O que dizer então sobre os homens que, aos olhos das mulheres, “só querem sexo”? Bom, em primeiro lugar, como já disse, certamente há os que entram no ParPerfeito desejando apenas relações sexuais. Mas também certamente há outros que buscam um relacionamento sério, mas falam em sexo por pensarem que este faz parte da relação. E aí acontece o mal-entendido: elas acreditam que, como eles tocaram no assunto, não querem namorar, querendo apenas se divertir ou até mesmo usá-las apenas para obterem prazer.

Após todas essas reflexões, uma nova pergunta se coloca: afinal de contas o que querem homens e mulheres? É claro que essa é uma resposta impossível de ser dada, já que pessoas diferentes têm desejos distintos. No entanto, eu me arriscaria a dizer que muitos, independentemente do gênero, querem o mesmo: encontrar alguém para ter um relacionamento estável de amor e companheirismo. A diferença talvez resida na importância dada ao sexo no relacionamento. Enquanto certos homens pensam que um está totalmente vinculado ao outro, algumas mulheres os vêem como entidades separadas, ainda que valorizem as relações sexuais e desejem ter prazer com elas. Cabe a elas fazer a integração entre ambos e perceber que podem sim desejar ter prazer ao mesmo tempo em que querem uma relação séria. Cabe a elas ainda compreender que os homens que falam em sexo não necessariamente estão as usando ou não desejam namorar. É preciso saber distinguir os que tocam no assunto por não quererem nada sério daqueles que o fazem por acreditarem que uma relação séria inclui o sexo como uma parte importante. A eles, cabe explicitar suas verdadeiras intenções, sendo claros quando querem apenas se divertir e quando desejam ter um relacionamento sério que tenha o sexo como parte importante. Cabe a eles também ter a sensibilidade para entender que quando algumas mulheres evitam falar sobre sexo, não significa que elas não desejem ter relações sexuais, mas que, em seu pensamento, estas podem, em um primeiro momento, estar desvinculadas da ideia de namoro.

É apenas através de muita conversa que ambos – homens e mulheres – poderão perceber se suas expectativas e intenções combinam a ponto de poderem iniciar um relacionamento. Como diz o sábio dito popular: conversando a gente se entende!



Dra. Mariana Santiago de Matos

O ideal do par perfeito - Fantasias e Impasses



Quantas pessoas nutrem a idéia do amor, do parceiro ideal? É crescente a busca por algo que se imagina te completando, te resgatando da solidão ou de uma vida desinteressante. Buscar uma relação "tábua de salvação" para os males e dificuldades parece ser mais importante para algumas pessoas do que encontrar um ser humano real, com defeitos e qualidades, a quem amar, com quem trocar e construir um vínculo sólido.

Passamos por um momento socio-cultural onde sentir solidão, tristeza ou qualquer outra dor é algo inaceitável e mais que isso, pode ser absurdo e até incompreensível. Vemos alguns filmes, comerciais e revistas que anulam e aplacam qualquer vestígio humano de sofrimento, decepção e perda. Nessas imagens todos estão sempre bonitos, felizes, realizados e completos em suas vidas. Será possível? Será possível viver a vida sempre sorrindo, alegre, distante das dores e dos problemas? Somando a crença nessa possibilidade ao medo em lidar com momentos de solidão, muitos buscam dia a dia relações que os socorrerão de todo esse risco. Ao buscar relações com esse objetivo, fica-se cego ao outro, àquele que está ao seu lado e com quem se poderia viver uma história real.

Caminhando um pouco além, o que vemos atualmente é uma busca por alguém altamente idealizado, belo, bem sucedido, amoroso e dai em diante, ou seja, alguém que alcance a perfeição, sem falhas. É uma combinação não apenas impossível como também bastante irreal. Irreal, pois, por mais bela que seja uma pessoa, quando se conhece alguém intimamente, na convivência diária, vamos de encontro também aos seus defeitos, às suas questões e dramas pessoais. Depois de tanta idealização, ao se deparar inevitavelmente com os defeitos do companheiro, vem na mesma medida a frustração, pois ninguém pode ser tão perfeito ao ponto de não ter falhas e defeitos. Lidar com essa frustração pode ser tarefa bastante dificil para muitos, pois é aparentemente mais fácil e simples viver apenas os aspectos bons da relaçao.

Alguns se queixam que não encontram ninguém, que as pessoas estão pouco interessantes, interessadas ou que não querem nada sério, em alguns casos isso pode ser verdadeiro, mas não sempre, muitas vezes o olhar está tão voltado a encontrar os predicados já esperados que não se consegue enxergar o que uma pessoa pode ter de interessante e surpreendente a oferecer. Algumas vezes parece que se robotiza a relação, não dando espaço ao novo e único. Essa também é uma tendência dos tempos atuais, todos já sabem tanto o que querem e o que esperam do outro que fecham qualquer porta para serem surpreendidos, para conhecerem e descobrirem verdadeiramente aquele que está ao seu lado.

Outros não se queixam por não terem pares, ao contrário, encontram pessoas facilmente, se relacionam, namoram, mas por determinadas razões não conseguem sustentar um relacionamento a longo prazo, se desiludem, desanimam e desinteressam quando tudo parecia ir bem e quando as dificuldades de qualquer relação começam a surgir. Podem ser pessoas que buscam tanto algo ideal, que muitas vezes sem se dar conta simplesmente se desligam de um vinculo que era bom.

Na Psicologia sabemos o quanto cada pessoa inconscientemente busca reeditar ou reatualizar vivências afetivas da infância ou então, de suas primeiras relações de afeto. Alguns idealizam algo que jamais se repetirá na vida adulta e vivem uma forma infantil de amar, são aqueles que privilegiam em maior parte suas necessidades e não conseguem perceber o outro como alguém diferente e que possui igualmente outras necessidades, não deram o salto emocional para a vida adulta e têm grande dificuldade de se relacionar em um modelo mais maduro. Outros buscam "curar" faltas que viveram no passado e igualmente são imaturos ao se relacionar. De toda forma, são movimentos inconscientes e em certo grau todos fazem isso, mas o que mais importa é que aqueles que assim direcionam sua vida, tomem consciência de seus atos em algum momento e possam começar a agir de forma mais madura emocionalmente. Essa busca infantil, ainda que inconsciente, faz com que muitos tenham dificuldade em lidar com as falhas do parceiro, tudo precisa ser perfeito e ideal, menos que isso gera uma dose de frustração quase impossível de suportar.

Entramos a partir dai em um outro ponto fundamental, a capacidade que cada um tem em lidar com a frustração, momentos de desapontamento que inevitavelmente surgirão na relação, pois não existe vínculo que não carregue sua dose de desentendimentos e desencontros. Surgem as falhas de cada um, os erros cometidos, os habitos incompreendidos. Nesses momentos aquele que era inicialmente perfeito, se mostra um simples ser humano, e para muitos a percepção desse momento costuma ser suficiente para desinvestir na relação.

Muitas são as razões para se manter a crença que o par ideal é aquele perfeito, sem falhas e que não nos gera frutrações e tantas outras as razões para se continuar insistindo nessa busca. Enquanto houver a dificuldade que observamos cada dia mais em conseguir lidar com as diferenças do outro, com as idiossincrasias de cada um e com as imperfeições humanas, mais pessoas frustradas e insatisfeitas existirão. Conviver com a idéia que cada um pode ser "perfeito" a sua própria maneira já é um passo importante no sentido de um crescimento emocional. Com isso não significa que todos precisam combinar entre si, pois de fato, existem muitas características incompatíveis para uma dupla, mas possíveis de serem superadas para outra. Tudo dependerá do encontro dessas personalidades, da maturidade de cada um, do amor e vínculo que construíram e acima de tudo do tanto de tolerância e dedicação que cada um está disposto a investir de forma que uma relação possa dar certo. Nas relações precisamos tomar cuidado para que não se busque apenas aquele que preencha o vazio ou vazios existentes, mas aquele que poderá acrescentar e enriquecer a personalidade de cada um.



Dra. Juliana Amaral

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Frase de Augusto Cury

Antes de você querer sair chutando o balde, leia essa frase umas três vezes. Esse homem não é famoso porque escreve coisas bonitas e sim porque escrevem coisas que dão certo.



Apostar no Outro, perdoar continuamente, dar sempre uma nova chance é fundamental para superar frustações e criar novos vínculos.
Augusto Cury

Para refletir

Às vezes, a nossa mente entre em um ritmo tão acelerado, que começamos a agir por impulso.
Nessas horas, ainda mais quando isso quer dizer sobre como nos relacionaremos com uma pessoa, é necessário parar e pensar um pouco...respirar fundo, antes de continuar no pique.
Esse texto aqui gera uma excelente reflexão. Portanto, perca 2 minutos do seu tempo e leia-o com muita atenção.




Se você errou

Se você errou, peça desculpas...

É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?

Se você sente algo diga...

É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça...

É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, ame-o...

É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?

Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
Cecília Meireles

sábado, 12 de junho de 2010

FELIZ DIA DOS NAMORADOS

Parabéns ao amor de todos!!!

Como presentinho hoje, posto essas dicas retiradas da página especial do dia dos namorados feita pelo site do MSN.




Com a aproximação do dia dos namorados todos se vêm envolvidos, querendo ou não, com o tema. Afinal há um forte apelo no entorno para que os olhares se voltem para essa data. Todos integram o bolo, os solteiros, os casados, os ficantes, cada um a seu modo vive a data de uma forma diferente, mas de um jeito ou de outro todos fazem parte dela. Pensando segue o artigo tratando alguns aspectos do tema.

Invariavelmente, com a chegada do Dia dos Namorados, tudo que poderia estar distante dos pensamentos surge com bastante força nesse momento, ainda que seja por um dia ou dias que o precedem. Algumas mulheres ficam tristes pois as amigas estarão ocupadas com seus namorados enquanto elas sonham em também ter alguém para estar junto. Homens, apesar de muitas vezes fazerem o gênero durão, amolecem seus corações, se enchem de romantismo e celebram com suas namoradas, enquanto alguns amigos solteiros apesar de fazerem "pouco caso" também gostariam de ter alguém nessa data. Enfim, não podemos generalizar, mas a grande maioria deseja ter alguém que se ame ao lado e o dia dos namorados evidencia esse desejo.

Apesar do apelo comercial para a data, é um momento de algumas reflexões, de sentimentos mais exaltados, de maior sensibilidade, de declarações, hora de abrir a intimidade do coração. Homens e mulheres não escapam desse clima que ronda a celebração do dia dos namorados e cada um a seu modo o viverá de uma forma.

Muitos, em especial os solteiros, se perguntam com mais interesse nessa data o que acontece com eles que não têm conseguido namorar, encontrar um parceiro ou até mesmo sustentar uma relação a longo prazo. Por mais que quisessem não pensar no assunto, não adianta, pois todos os comercias, corações, papos com amigos levam a esse assunto em algum momento do dia e aqueles que gostariam de ter alguém ao lado se perguntam, ainda que por instantes, a razão ou as razões para estar enfrentando dificuldades em encontrar alguém.

Inúmeras podem ser as dificuldades e de muitas ordens também, a maioria subjetiva e muitas até inconscientes. Agimos, pensamos e repetimos atitudes sem na maioria das vezes nos darmos conta e sem sabermos o quanto somos regidos por nossos aspectos emocionais, fazemos muito sem pensar, mas se ficarmos atentos perceberemos o quanto nosso mundo externo reflete o nosso mundo interno, o que se passa dentro de cada um. Quanto mais saudável estamos emocionalmente mais saudaveis serão nossas relações com o outro e com o mundo.

Agora, para ajudar no processo de reflexão de cada um dos leitores, vamos enumerar certos pontos que podem interferir no processo do relacionamento e que estando atentos a eles será possível estabelecer um vínculo mais saudável com seu companheiro. Evidentemente todos os aspectos da relação não esgotam nos tópicos a seguir, apenas enumerei alguns que considero importantes para a boa manutenção do vínculo.


  1. Escolhas não são aleatórias como muitos imaginam, não é possível gostar de todo mundo assim como não são todos que gostarão da gente. Eleger alguém envolve aspectos muito subjetivos, que casam com nossas questões mais íntimas sem nos darmos conta. Perceba as escolhas que vem fazendo, se elas são saudáveis, no que se repetem, o que possuem em comum. É possível aprender muito sobre si mesmo em função das suas escolhas.
  2. Lidar com as diferenças. Esse é um ponto habitualmente gerador de conflito. Ainda que seres humanos sejam todos absolutamente diferentes uns dos outros, curiosamente a grande maioria possui dificuldade em lidar com as diferenças. Nascemos num mundo de diferenças, mas alguns passam a vida buscando o "igual". Deve-se estar atento a esse erro tão corriqueiro, caso contrário ninguém nunca será suficiente.
  3. Segurar as altas expectativas. Esse ítem talvez se aplique aos que estão em início de relacionamento e também para aqueles que por ventura conheceram pessoas no site e estão partindo para o encontro pessoalmente. É comum se deixarem tomar pela alta expectativa, claro que um certo grau dela é necessário, importante e esperado, mas algumas vezes ela se torna tão exagerada que fica-se cego ao outro e qualquer ponto fora da curva é motivo para uma imensa "decepção".
  4. Saber lidar com as frustrações. Invariavelmente pessoas frustram pessoas e é preciso desenvolver um nível de tolerância mínimo para se conseguir driblar esses momentos, caso contrário a relação se torna insustentável.
  5. Idealizar menos. É comum para muitos e em especial nos solteiros e também naqueles que sofreram perdas, a tendência em se idealizar um próximo companheiro. Muitas vezes acontece uma busca "reativa", ou seja, tentar encontrar justo o oposto ideal daquele que te machucou e te magoou. Buscar aquele "ideal" que irá te tirar da solidão e trazer apenas alegrias. Normalmente há uma grande decepção, pois o próximo também terá algumas falhas e poderá cometer erros.
  6. Saber ceder e conciliar. Outra dificuldade que tenho visto habitualmente é do casal que não sabe criar uma dinâmica mais equilibrada tão necessária para se estar junto. É preciso saber ceder, um pouco cada um, de forma que a relação não chegue ao ponto de se tornar um cabo de guerra onde cada um puxa a situação com mais força para o seu próprio lado. Existe uma certa dose de infantilidade em casais com essa dificuldade, pois é como se estivessem numa disputa.
  7. Objetivos em comum. Parece algo simples, mas vale lembrar que é fundamental que casais compartilhem de certos planos e projetos. Esse ponto vale em especial para casais que estão juntos a mais tempo. É importante evitar que a vida do casal vire uma rotina repetitiva. Com isso não quero dizer que se deva estar sempre inovando com medo de se tornarem chatos, até porque rotina e hábitos conhecidos também têm o seu valor. Planos e projetos precisam existir em meio à rotina, seja uma viagem, um móvel novo para o apartamento, pintar uma parede, qualquer coisa que envolva a dupla e um sonho em comum.
  8. Afinidades. É importante um casal encontrar seus pontos em comum, isso os ajudará nos planos, nos projetos e também nos momentos de dificuldade.
  9. Admiração, Respeito, Consideração. Fazem uma grande diferença nas boas relações. Admirar o companheiro é um ótimo ponto de partida para um casal. Admirar quem e como ele é; considerar sua opinião, seu ponto de vista e acima de tudo respeitar seus interesses, suas escolhas.
  10. A escolha é de cada um. Escolhi finalizar com esse ponto, pois de todos é o mais importante. É necessário sempre lembrar que cada um tem o livre arbítrio em escolher quem se quer ao lado e isso se aplica escolher conviver com as qualidades e com os defeitos do companheiro. Muitos tendem a justificar problemas na relação colocando apenas no outro a responsabilidade e se vitimizam com frequencia, quando esquecem que é de cada um a responsabilidade em escolher estar com determinada pessoa. E que, acima de tudo, o relacionamento é uma via de mão dupla, precisa dos dois para que dê certo e se não der as falhas também foram dos dois. Não adianta estar em um namoro ruim e achar que a culpa é apenas do companheiro, como disse a escolha em se estar com alguém é de cada um.
Nesse dia dos namorados, vale tanto para os namorados quanto para os solteiros, que em breve poderão estar com alguém, uma reflexão sobre como vêm conduzindo suas relações, erros que repetem, aspectos que podem melhorar e qualidades que devem aprimorar.

É preciso sempre voltarmos o olhar para dentro de nós, procurarmos um conhecimento mais amplo sobre o que se passa internamente, percebermos que somos autores de nossas histórias e que em comunhão com o mundo lá fora construímos um caminho de escolhas e que é fundamental encontrar o equilíbrio entre o mundo dentro de cada um e o mundo lá fora.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quem namora...

Quem namora...

Quem namora....

Encontrei essas imagens pelo Google imagens e achei legal dividir aqui.







Namorados - Carlos Drummond de Andrade

   




Quem não tem namorado
é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil por que namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrimas, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil .
Mas namorado é mesmo difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito,
mas ser aquele a quem quer se proteger
e quando se chega ao lado dele a gente treme,
sua frio e quase desmaia, pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira,
basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor,
é quem não sabe o gosto de namorar.
Se você tem três pretendentes , dois paqueras,
um envolvimento e dois amantes,
mesmo assim pode não ter um namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva,
cinema sessão das duas, medo do pai,
sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho,
quem se acaricia sem vontade de virar sorvete
ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade.
Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida,
escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas,
do carinho escondido na hora em que passa o filme,
de flor catada no muro e entregue de repente,
de poesia de Fernando Pessoa,
Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar,
de gargalhadas quando fala junto ou descobre a meia rasgada,
de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia
ou mesmo metrô, nuvem, cavalo alado,
tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado,
fazer sesta abraçado, fazer compras junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor,
nem ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele,
abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e do amado e sai com ela para parques, fliperama,
beira d´agua, show de Milton Nascimento,
bosques enluarados, ruas de sonho ou musical do metrô.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele,
quem não dedica livros, quem não recorta artigos,
quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar,
quem gosta sem curtir, quem curte sem se aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto
de ser lembrado de repente no fim de semana,
de madrugada ou no meio dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar,
quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações,
quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem não fala sozinho,
não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre
e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos,
ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras
escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui
e sorria lírios para quem passar debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos
e beba licor de conto de fadas.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta
e do céu descesse uma névoa de borboletas,
cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu
aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar
e de repente começar a fazer sentido.
Enlou-cresça!"

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Notícia: Brigas de Casal Podem Prolongar a Vida

Como é isso????
Achei sem querer essa notícia, mas vale a pena ler.
Se um casal não evolui na hora de cuidar dos problemas e diferenças por bem, faça isso pela sua vida!





Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, sugere que os casais que resolvem suas diferenças e manifestam seus sentimentos de raiva ou revolta em relação ao outro vivem mais. O estudo publicado na revista especializada Journal of Family Communication, analisou 192 casais ao longo de 17 anos, divididos em quatro grupos.

O primeiro continha casais que expressavam sua indignação quando se sentiam ofendidos injustamente pelo outro; o segundo e o terceiro incluíam casais em que ou o homem ou a mulher reprimiam este tipo de sentimento; e o quarto continha casais em que ambos os membros não demonstravam qualquer reação diante de uma ofensa descabida.

Segundo os especialistas, entre os 26 casais do grupo que reprimiam seus ressentimentos, houve 13 mortes. Entre os 166 pares restantes, 41 morreram. Para o coordenador do estudo, Ernest Harburg, quando ambos os cônjuges reprimem sua indignação diante de uma "ataque" ou crítica injusta do outro, o risco de morte dobra.

"Quando casais se unem, uma das tarefas mais difíceis é saber se reconciliar após uma briga", disse Harburg. "E ninguém é treinado para isso. Se o problema não se resolve e, em vez disso, a pessoa enterra a raiva e fica remoendo esse sentimento, pode estar correndo riscos."

O pesquisador explicou que o estudo se concentrou em críticas consideradas injustas e inadequadas. Nos casos em que as críticas foram consideradas justas, não houve indignação ou rancores por parte dos membros do casal.

Harburg disse ainda que os resultados da pesquisa são preliminares e que os pesquisadores agora preparam um novo estudo para acompanhar casais ao longo de 30 anos.








retirado do site: http://homecareplus.blogspot.com/2008/01/brigas-de-casal-podem-prolongar-vida.html

Incompatibilidade: o inimigo de um relacionamento

 
 
 
 
postado por Lisa Lips
no endereço: http://melhoramiga.com/incompatibilidade-o-inimigo-de-um-relacionamento
Água e azeite de longe não se misturam.
Há pessoas que tendem a um relacionamento fadado ao insussesso, anos a fio arrastam-se a uma luta que já deveria ter terminado a muito tempo. Mas eu amo ele e ele me ama.
Por mais que haja amor, a principal fagulha que mantém um relacionamento é o sexo. Sem o sexo, não há casal. Se há o amor, então são 2 amigos ou irmãos. O sexo é a essência do casal, claro que não o essencial, mas se ele não existe, como definir a relação?
Há casais incompatíveis, onde o sexo é estonteante. Quando se tocam, pegam fogo, mas quando convivem é um estrondo. Rimas ou não, é verdade.
A Atração física ou seja, química, é o que inicia a união. Sem deixar de lembrar os namoros iniciados via internet, que são curiosos. Eu mesma me casei com uma pessoa que conheci através do orkut. Me atrai pela mente, coisa curiosa essa.
Enfim, claro que a pele é o indício de que a compatibilidade pode ser perfeita. Tudo flui de forma a manter a união.
Mas cmo manter um relacionamento onde a paixão nunca termina? Sim a paixão, aquela que nos desorienta, nos dá um nó no estômago e nos faz levitar? Acho que é o sonho de todo casal ter uma relação assim.
A relação se desgasta com o tempo, com a chegada dos filhos, com a rotina. Qual é o segredo para que o desgaste não corroa a paixão?
Não há segredos, na verdade há evolução. Sim, mudamos com o tempo, mas não nos desligamos do outro. Ficamos atentos as nossas atitudes, para que não afetem o outro. Cedemos e eles cedem também, de comum acordo. Mudamos juntos e não nos perdemos no fim. Andamos colados e experimentamos coisas novas também, porque não?
Somos amigos em primeiro lugar então compreendemos e não tomamos como nosso. Liberdade é essencial.
Mas falando de incompatibilidades, o que realmente não entendo é como casais que diferem totalmente entre si, permanecem numa relação totalmente tumultuada. As mulheres reclamam de seus namorados/maridos e eles também fazem o mesmo.
As diferenças grotescas tendem ao fracasso. Os defeitos de cada um podem ser contornados com tempo e paciência, desde que cada um assuma a responsabilidade de mudar a si mesmo e em prol da relação. Mas você não é obrigado a mudar só para estar com o outro. Faça-o por querer de verdade.
A parte sexual da relação é a que mais intimida a durabilidade. Ele ou ela gostam de sexo na madrugada. Um sempre sai perdendo por conta do relógio biológico do outro. Se nada for feito, o que se sente lesado acabará não tendo prazer nenhum em continuar a relação.
O mesmo acontece com a “quantidade” de vezes. Ele gosta de sexo diário. Ela gosta de sexo 1 vez por semana. Obviamente que ele achará uma forma de ter sexo diário com outras. É óbvio que a relação não será saudável. Melhor achar alguém que tem o mesmo apetite sexual que você ou achar alguma outra solução.
Não espere que o outro demonstre o afeto da mesma forma que você. Ele ou ela nunca dizem ” eu te amo”, mas isso não significa que ele ou ela não te amem. Cada um se expressa da forma que sabe, então cabe a nós entender isso ou saber lidar com isso. Senão a relação vira um eterno “você me ama?”
O estresse é o inimigo do apetite sexual. É bom deixar claro que muitas vezes não estamos no clima e portanto é preciso saber explicar e procurar ajuda. É importante estarmos sempre atentos. Se vemos que nosso parceiro ou parceira não vai bem, a compreensão deverá estar na ativa.
Outra atitude que põe tudo a perder é a da vingança. Ele saiu com os amigos? Eu vou sair com as amigas ou farei greve de sexo. Ele quis assim, então toma. Estamos sempre alertas para as atitudes que os outros tomam e que realmente não são importantes. Isso aocntece de tal forma, que acabamos tentendo a infantilidade. Ter uma atitude vingativa diante destas atitudes dos outros não traz nada, não nos leva a nada e nem a lugar algum. Ninguém entende isso. O ser humano é um banco de dados do ressentimento.
Acumulamos essas coisas negativas dentro da nossa cabecinha de ovo e num dado momento, despejamos tudo em cima do outro. É a primeira coisa que fazemos quando uma discussão é iniciada…E por fim, é o fim.
Isso é coisa de banana. Bananas fazem isso… Elas começam a aprodrecer. Então não guarde os podres sem sentido dentro de você. Liberte-se desse egoísmo e tenha uma relação de verdade.
Nunca se sinta velho demais ou jovem demais. Uma relação nunca envelhece.Ele é jovem demais ou ela jovem demais? Isso não existe. Uma pessoa pode ter 50 anos e ser uma criança. A idade em si não nos diz nada, o que de fato importa nem é a experiência em si, mas como a compatibilidade flui. Um cara de 20 anos e uma mulher de 40 podem se dar bem sim, porque não?
Outro fato realmente importante, é que nada é para sempre. Até que a morte os separe, mas a morte da compatibilidade. Se vivermos para o futuro, deixamos de viver, porque o tempo é aqui e agora.
Uma relação é contruída por 2 pessoas, então não vamos ficar dizendo para o outro que ele tem que mudar.
Na maioria das vezes, somos nós que devemos dar o priemiro passo, a começar pelas nossas atitudes e palavras ofensivas toda vez que somos contrariados. Pra isso acontecer, basta caminhar.
Não há regras ou segredos, só a realidade. Não há filmes de amor ou novelas mexicanas que nos dão aula, mas a realidade. Não há regras nem amor-perfeito, só nas flores. Uma relação é construída por recomeços,
aprendizado, amizade e muito sexo. Maior intimidade do que o sexo? Entregue-se e verás o quão podes crescer.
Só depois do casamento? Vá benne! Casa-se primeiro, para depois saber se serás feliz. A sua religião não permite? O que se pode fazer? Cada um cada um.
Esse não é um texto estilo faça amor, não faça guerra e nem quero que todo mundo saia por ai fazendo o que não deve, mas que todo mundo consiga ter uma relação saudável, que faça bem para a mente e consequentemente para o corpo.
texto baseado no artigo Aprenda sobre incompatibilidade nos relacionamentos